31 julho 2009

A fobia do final dos tempos


Quero descrever de forma cética e racional sobre o fim do mundo, fim da raça humana ou o fim do planeta terra, que é comumente assimilado ou derivado do medo da morte inerente a todo ser vivo, fato que consome o bom senso de todo ser humano. Esse pânico atualmente se espalha pelo mundo ocidental, especialmente nas Américas, uma pandemia de medo, se manifestando em aspectos diferentes da vida cotidiana de forma mais abrangente, pois alem de cobrir a já antiga religião e espiritualidade que há milênios anunciam o fim dos tempos, agora invade o universo pop/nerd em filmes como: "O dia em que a terra parou", "O fim dos tempos", "O presságio", "2012"...
Trailler do filme 2012:

Tais filmes não seriam possíveis se considerável parte do planeta não estivesse numa fase “beliver”, qualquer povo racional descartaria tais filmes devido à quantidade de fé que é exigida durante o passar do filme. É preciso ser um grande sacerdote para se divertir vendo aquilo. As películas são feitas com muita atenção a credibilidade do que se passa na tela, não permitindo sequer por um segundo de exibição que a platéia perceba que aquilo é uma ficção.
Um novo aspecto de medo que esta sendo explorado atualmente, ele esta na área da saúde, comprometendo o próprio corpo da raça humana, que agora se vê a mercê de uma “nova doença” que esta matando. A Influenza A H1N1 derivada de uma companheira da humanidade desde as caravelas de Colombo é temida como a nova doença do século 21, colocando pessoas em rituais precisos de como agir perante o perigo eminente. O problema é que estudada essa nova doença, ao que se percebe até hoje, não se difere em nada de relevante se comparada às outras síndromes de influenza (apenas afetando com mais ferocidade o grupo de risco - ídem as demais influenzas). A equação pode ser diferente, mas o resultado é o mesmo: vem diminuindo a mortalidade com o passar das décadas devido os avanços tecnológicos nos tratamentos da doença.
Então por que a imprensa e a opinião pública continuam aumentando as medidas de precaução? A teoria que tenho atualmente é a cultura do medo como expliquei acima, que esta atrelada diretamente a liberdade do ser vivo que é tolhida e podada nesse estágio da Era Contemporânea. O motivo de tal manipulação é o numero absurdo de habitantes que existem na terra. Estamos em uma fase onde a crença da humanidade atinge seu ápice e acreditamos em tudo. Consumimos todo que nos pedem, fazemos tudo o que nos é solicitado, o controle é preciso para impedir o “Fim dos tempos” que esta a beira de nossa porta. Uma data esta sendo formada atualmente no inconsciente dos terráqueos: 2012.
Eles estão marcando a data para aumentar o medo da ameaça, pois com uma data fixa para o fim, o medo se solidifica no coração de um ser vivo. Sendo intencional ou não eu vejo que quando essa data passar e nada acontecer, um tempo de ceticismo e razão lógica surgirão. Como tudo se equilibra no universo, o mundo que mergulhou na crença no passado, no futuro evitará o conto de fadas. Quando te perguntarem de você esta com medo, simplesmente responda: “Acho que devíamos temer quando o medo supera a razão.”

29 julho 2009

Planeta Terra

" O leite esta derramado"



Vossa dor é o quebrar da concha que encerra vossa compreensão. Como a semente da fruta deve se quebrar para que seu coração apareça ante o sol, assim também deveis conhecer a dor. Se vossos corações pudessem se manter sempre maravilhados com o milagre diário de vossas vidas, vossa dor não vos pareceria menos maravilhosa que vossa alegria, e aceitaríeis as estações de vosso coração, como sempre aceitastes as estações que passam sobre vossos campos. E esperaríeis com serenidade durante os invernos de vossa aflição.



Muitas de vossas dores vós mesmos as escolhestes. É o remédio mais amargo com o qual vosso médico interior cura o vosso "Eu doente". Portanto, confiai no médico, e bebei seu remédio em silêncio e tranqüilidade: Porque sua mão, embora pesada e dura, é guiada pela suave mão do Invisível. E a taça que ele vos dá, embora queime vossos lábios, foi fabricada com o barro que o Oleiro umedeceu com Suas lágrimas sagradas.

27 julho 2009

Demência

Hoje posto algumas falas ótimas do “louco” Jeffrey Gone’s, personagem do filme: 12 Monkey’s que descrevem bem o que eu vejo como demência. Como tudo no meu blog essa é mais uma do "pra bom 'entendedor' meia palavra basta". E também é uma ótima dica de filme para quêm não viu e um ótimo refresco na memórias dos que já viram.






Vou lhe dar uma turnê de luxo pelo hospital, tudo na brincadeira. Aqui estão alguns jogos, mais jogos, ali estão outros jogos. Viu? Jogos transformam as pessoas em vegetais, se você esta jogando algo esta voluntariamente tomando tranqüilizantes. Aposto que você usa alguns calmantes: Drogas!! O que lhe deram? Thorazine? Haldol? Aprenda sobre as doses é elementar.


Vou lhe falar sobre telefone (blog, MSN...), aqui no hospital isso é considerado comunicação com o mundo exterior, Nã-na-ni-não, o doutor proíbe! Se todos os loucos pudessem ligar a vontade iam espalhar a loucura através de cabos de telefone e infectaria a gente normal pelos ouvidos. Loucos por toda parte! A praga da loucura. Na verdade, poucos aqui são realmente dementes, não estou dizendo que você não seja demente, contando a probabilidade você pode ser louco de dar nó! Mas não é por isso que esta aqui, Não é a razão!


Você esta aqui por causa do sistema. Lá esta a televisão, tudo esta lá!



Olhe, ouça, ajoelhe-se, reze. Os comerciais. Não produzimos mais nada, tudo é automático, logo pra que servimos? Somos consumidores! Ah, ok ok, se compra bastante porcarias você é um bom cidadão e se não comprar? O que é? Demente! Se você não compra coisas como toalhas de papeis, carros novos, liquidificadores com velocidades múltiplas, consoladores elétricos, headphones estéreo com implantes cerebrais, parafusadeira com radar de encontrar parafusos, computadores ativados com a voz...


Muito importante: Estão trancadas! As portas, as janelas, as fechaduras, tudo esta protegido com grade soldada para proteger os normais lá de fora de loucos como nós.

Finalizando, sabe o que “louco” é? É o que a maioria determina. Por exemplo, os micróbios, no séc 18 eles não existiam, nada, nem imaginavam tal coisa, pelo menos não os racionais, derrepente aparece um doutor que tentou convencer os outros doutores de há coisinhas pequenas invisíveis chamadas micróbios e eles entram no seu corpo e o fazem doente. Ele estava tentando convencer os doutores a lavar as mãos!. Como resposta ele ouviu: O que é essa cara? Louco? Coisas invisíveis chamadas micróbios? Quem era louco na época?

Agora voltando ao século 20: Não há certo, não há errado, só há a opinião pública."




Capa do filme:

26 julho 2009

O paradoxo do prazer

Dentro de nossos sentidos existem certas reações que nos dão prazer na pele da carne de nosso corpo. Uma vez que tenhamos um grande prazer carnal o desejamos de novo e fica tal qual um bip na nossa mente querendo ter um revival da situação. Poderia dizer até que é uma sede que nunca para, como beber Coca-cola que não mata a sede e só nos dá vontade de tomar mais, nos empanturamos do liquido negro e só paramos por estar com o estomago com litros daquilo e não por ter a sede saciada, assim que o estomago se esvaziar vamos ter vontade de tomar mais Coca-cola...

Voltando ao prazer da pele, algo similar acontece, pois assim que nos saciamos do desejo ele retorna, quase que imediatamente aos mais jovens e moderadamente aos demais, somos obrigados por nós mesmos a ter mais e nos sentimos mal e com pele opaca se não suprimos as expectativas absurdas que criamos. Isso sem contar a expectativa da sociedade que dita o comportamento exessivo em tudo, no prazer inclusive.

Vamos a psicanalistas não para perder a paranoia que nos faz querer mais e mais, porem sim para escontar os freios psicológicos que nos impedem de se lambuzar ainda mais no prazer tornando o prazer um sofrimento agudo dentro do sistema nervoso da pessoa, fazendo algo por natureza agradável ser doloroso.