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14 junho 2010

Tarantino's Mind

Shelton Melo e Seu Jorge interpretam papeis realmente fodas nesse filme da 300M, dois amigos se encontram num bar para tomar uma cerveja e conversar um pouco sobre filmes, cinéfilos com certeza curtem esse curta que envolve o grande diretor de cinema americano "Quentin Tarantino" mesmo estando ultrapassado, acho bem intrigante (bem que podia ser verdade), divirta-se. xD


07 abril 2010

Fonte da Vida

Death is th Road to Awe - Clint Mansel


"Assim, Deus baniu Adão e Eva do Jardim do Éden e colocou uma espada flamejante para proteger a Árvore da Vida."
Gênese 3:24

Deus teve medo e a escondeu dos mortais, uma prova (teológica) que é possível, é o anseio de todos os que vivem, continuar sem fim a sua história. Muitos tentaram e até ficaram famosos na sua busca, como é o caso do alquimista Nicolas Flamel que segundo a lenda teria produzido a Pedra Filosofal, ou elixir da vida eterna, contudo, infelizmente, ele morreu. Freddie Mercury perguntava: "Who wants to live forever?(Quem quer viver para sempre?)" na sua linda canção que questiona a relevância das coisas frente a morte certa e inevitável.

Prepare-se para virar um hippie-metafisico com o filme "Fonte da Vida" (2006), escrito e dirigido por Darren Aronofsky, autor de filmes tão singulares e polémicos como "Pi" (1998) e "Requiem para um Sonho" (2000). Fonte da Vida é um dos meus três filmes preferidos, ao lado de Dogville e Scanner Darkly. O maestro Clint Mansel, responsável pela trilha sonora fez um dos melhores trabalhos de sua carreira com partituras singelas e ao mesmo tempo grandiosas na ressonância de sensações e emoções.

Quando o vi pela primeira vez, eu não consegui absorver tudo o que a película proporciona, são vários temas subjetivos, entrelinhas filosóficas e significados ocultos divididos em três linhas temporais. Pode parecer complexo (e é na verdade), mas é delicioso extamente por isso: é atrevido em sagacidade mas não no estilo cult pretensioso, qualquer um pode entender essa saga na luta contra a morte.



Seguindo a metáfora bíblica, por ter comido da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, o ser humano teve como consequência o nosso dia-dia moderno, nós vivemos com essa dualidade, tal como: Amor e ódio, viver ou morrer, certo e errado. Elas praticamente infectam todos os momentos do nosso cotidiano, em baixo de tudo isso esta a verdade: A Árvore da Vida, que representa a unidade ingénua do utópico Jardin do Éden. Pode existir uma diferença entre mim e você, mas se formos fazer um paralelo, somos um (ou estamos um), minha mente esta conectada com a sua fazendo uma só "frequência", a diferenciação entre escritor de blog e leitor de blog se torna irrelevante, o que importa é a mensagem que foi / esta sendo enviada por mim e recebida por você, que é uma só.

O filme nos ensina que é preciso um desprendimento do ego para vencer a morte, se entregar ao inevitável para poder viver plenamente. Nele viajamos pelos labirintos da existência humana até os seus confins, sonhamos com a eternidade do espírito humano e de um amor indestrutível. A fotografia é espetácular, cores quentes contrastam com a fragilidade de Izzy (Rachel Weizs), os efeitos especiais não somente feitos a base de computação gráfica, são também usadas reações químicas para demonstrar a explosão de uma super nova: Shibalba.

Um dos grandes atratívos do filme é fato da mesma história ser contada em tempos e realidades diferentes, isso desafia a imaginação do expectador, suas três premissas temporais básicas são: No Século XVI O navegador espanhol Tom (Hugh Jackman) vai até as Américas em busca da Árvore da Vida para salvar a sua Rainha (Rachel Wezs); no presente o médico Tom desesperadamente tenta achar a cura do câncer para a sua esposa e no futuro (Século XXVI) o astronauta Tom finalmente consegue achar repostas para sua perguntas.


Concluindo o filme num "Eterno Retorno Nietzscheniano", ou seja, um universo limitado em espaço contudo infinito em tempo. Nesse universo, após se esgotarem todas as combinações possíveis de seus elementos (como cartas em um baralho), tais combinações passariam a se repetir indefinidamente, assim sendo, todas as mais insignificantes variantes possíveis na vida de uma pessoa, animal, átomo ou até elétron seriam vividas da mesmíssima forma por toda a eternidade. Estamos a repetir eternamente o que eternamente estamos à repetir.


E alem de tudo, esse filme nos faz questionar: Amamos essa vida ou não? Se tudo retorna - prazer, dor, alegria, guerras, fome, grandeza, mediocridade - se tudo torna, isso é um dom ou uma maldição? Seriamos capazes de amar-mos a vida tal qual a temos - única vida que temos - a ponto de vivê-la como ela é, sem a menor alteração, por todo o sempre? Sofrendo e gozando da mesma forma e mesma intensidade? Temos amor a esse ponto ao nosso destino? Essa é grande questão filosófica, o Eterno Retorno que esta presente nesse magnífico filme.

28 março 2010

Liberdade

O vídeo: "New World Rebels - Through The Eyes Of A Slave" mostra algo triste de se ver, algo que muitos não gostam de ver por ser conspirólogo demais, porem muita verdade esta no meio desse pequeno especial de 10 minutos sobre a escravidão, a servidão e a manipulação.


Existem alguns temas citados, que admito, não é de consenso da maioria das pessoas, porem por mais absurdos ou ridículos que eles pareçam, transcenda-os, analize o quadro como um todo com a mente aberta, só assim esse vídeo vale a pena ser visto. Desafio qualquer um a vê-lo e não ser afetado por ele, originalmente o vídeo não tem legenda, postei esse, pois acho que complementa a ideia toda, contudo a verdadeira arte dele esta nas imagens e na tocante trilha sonora.


Se por acaso achar verdade nele, assuma essa idéia. E se por ventura não ver nexo o ignore (mas lembre-se que ignorar é a chave da "felicidade"). De qualquer forma, use o seu bom-senso, afinal esse post trata de liberdade e eu não quero doutrinar ninguem.
[/William Walace Mode Off]


P.s.: Ative sua legenda no youtube.

21 março 2010

Natureza por Números

Numa noite, há 7 meses atrás que foram somados a 30 dias, ou, para ser mais exato: 242 dias atrás eu escrevi este post, e expliquei da melhor maneira que me era possível o que foi maestralmente demonstrado neste vídeo: Natureza por números. A Razão Áurea. Vejam em vídeo o que em palavras eu não consegui expressar. Lhe dou uma dica: O veja em Fullscrean e na resolução 720p, esse vídeo trata a respeito da perfeição.


Sinto-me honrado em mostrar à aqueles que me dão atenção, algo que eu acho precioso.


Enjoy


Agora

Esse filme que é baseado em fatos reais, se passa no Egito Romano, durante o século IV (391 A.D.), a filosofa e astróloga Hypatia (Rachel Weisz) de Alexandria se empenha em salvar a sabedoria adquirida pelo mundo antigo. O longa, que estreiou no Festival de Cannes em 13 de maio do ano passado, me atingiu em cheio, sendo eu um verdadeiro amante do saber e aspirante a filosofo me senti realmente agoniado ao vê-lo, por tratar o final de um período de luz antecessor de séculos de escuridão. Aonde a verdade foi tolhida e tudo deveria ser uniforme: "Deus é um só", repetiam os cristãos ao perseguir uma pacifica cientista que busca pela verdade das estrelas e da terra usando a física, ou melhor, ela estava contribuindo para a criação desse ramo de estudo.

"Agora" trata excencialmente da coragem de uma mulher em assumir suas idéias (Hypatia) vs. a queda de um homem que é um tolo (Davus), ao fundo do trama estão os cristãos, que atacam Hypatia e tentam converter Davus, eles presumem poder ensinar verdades limitadas ao maiores pensantes da época (e na lendária Bíblioteca de Alexandria), uma cristandade que eles ainda não haviam compreendido mas já estavam transmitindo e fazendo discípulos.
Queimam tudo o que é "herege", são violentos, impõem sua posição sendo que o Cristo perdoou até mesmo seus assassinos (os judeus) enquanto ainda estava na cruz. Já os seguidores de Cristo são incapazes de perdoar um mero tapa na cara, exigem justiça ("olho por olho e dente por dente" - um dogma judeu...). Cospem em Jesus ao fazer tudo aquilo que ele condenou.

O filme mostra uma luta entre duas culturas com fé em deuses diferentes, e no meio dessa guerra há seres imparciais (livres) como Hypatia, tudo o que ela quer é a verdade. Desvendar um pouco do mistério, resolver mais um pedaço da equação. Todo o dogmatismo cristão se vê frente a razão de uma brilhante mulher. Um ponto alto do filme é quando mostram os cristãos discutindo se a Terra é redonda usando os textos das escrituras como fonte para respostas, chegam a conclusão de que ela é plana. Logo em seguida vem Hypatia fazendo perguntas (que é a excência da Filosofia), questiona e tenta encontrar respostas na lógica, algo intangível e sútil demais para os involuídos entenderem.

As cenas que mostram ela tendo insight sobre os movimentos sociais que estavam acontecendo na cidade são de tirar o fôlego, assim como os momentos em que ela filosofa com seus irmãos (ou escravos as vezes) para responder as próprias perguntas sobre o movimento elíptico da terra em volta do Sol. Ela, naquela época já pensava através de estudos matemáticos das curvas cônicas, algo que só 1.200 anos depois (Séc XVII) foi comprovado pelo astrónomo Johannes Kepler, que descobriu que uma dessas curvas, a elipse, regia o movimento planetário.
Hypatia era uma mulher excepcional a frente de seu tempo, uma grande fonte de inspiração.
"Você não questiona o que acredita, eu preciso!"